sexta-feira, 23 de maio de 2008

RACISMO?

Ao passar os olhos pelo DN de hoje, deparei com uma crónica do "ganda nóia socialista" António Vitorino, em contraponto com o "ganda nóia original" de que já nem lembro o nome... esta vida artística não dá espaço para que o cidadão anónimo decore o nome dos artistas todos, sejam eles da política, da rádio, tv e disco e das cassetes pirata. E o António Vitorino só não se me olvidou porque ficou cá dentro aquela questão da sisa que ele se esqueceu de pagar quando comprou um monte no Alentejo.
Agora, com o esquecimento do senhor engenheiro em relação à lei do fumo, começo a pensar que não sou só eu a esquecer-me... mas para dizer a verdade, devo confessar que a minha memória de curto prazo me passa rasteiras a cada mês que passa, começando a vir à tona a lembrança de longo prazo que só deve interessar um pouco ao Hermano Saraiva ou ao José Matoso... é a lei da degeneração mecânica, digo eu.
Já nem me lembrava do camarada Vitorino, mas o início da crónica deu-me uma ajuda... pois então a vitoriana crónica descrevia os assassinatos na África do Sul como um comportamento racista, também polvilhado como uma atitude xenófoba dos sul-africanos, ou seja, o artigo tentava matar "dois coelhos com uma cajadada", numa explosiva mistura que nem o Falcão do SOS Racismo apareceu a apoiar.
Então o comportamento animal dos sul-africanos é racista, oh camarada Vitorino? humm e eu a pensar que isso era coisa de brancos contra pretos ou de pretos contra brancos... acho que aquelas temporadas na burocrata União Europeia lhe retiraram a capacidade de análise dos problemas da sisa e das tormentas sociais. O problema da Africa do Sul é essencialmente de falta de instrução e de miséria generalisada, isso o camarada Vitorino não referiu na crónica, talvez porque só interessa dizer mal do Zimbabué ali ao lado, mas não me admira nada que, tal como os criminosos sul-africanos não olharam a cor da pele quando queimaram vivos pobres tão pobres como eles, um dia destes aqui na Europa desenvolvida situações parecidas aconteçam, mas aqui talvez a instrução dos europeus os faça escolher, não os pobres, mas os ricos cá do sítio, aqueles que se preocupam apenas com o PSI20.
O problema das crónicas jornalísticas, que aparecem diariamente na imprensa e que se limitam a justificar avenças complementares à mama das funções exercidas no Estado, são uma das justificações para o declínio da leitura dos jornais deste país e para o aumento dos blogs que muitos "opinion makers" têm vindo a criticar, com a agravante de parecerem escritas para despachar serviço.
Talvez os jornais ganhem leitores quando começarem a aproveitar as crónicas dos milhares de blogs que diariamente vão crescendo como cogumelos neste país, até porque poucos fazem confusão entre racismo e xenofobia.

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