domingo, 1 de junho de 2008

OS PATOS BRAVOS

Felizmente continuo a acordar todas as manhãs, eu diria ponto final, mas isso é o que acontece a todos, com excepção de alguns que, distraídos, acabam a vida na cama. Bem, acabar a vida na cama ainda continua a ser o meu objectivo último, mas não como alguns de vocês pensaram... pois, lembram-se logo da crise, das doenças, dos desastres e dessa forma de acabar na cama eu não quero mesmo, afinal eu estava a pensar acabar os meus dias na cama, mas bem acompanhado, depois de uma noite bem agitada, como é costume dizer-se de "drugs, sex and rock n`roll", literalmente falando e como compreendem ajustado a um velhote de 90 anos, ou seja "viagra, dvd para adultos e cds do tony carreira". Então se isso acontecer à segunda-feira, bem cedinho, ainda antes de ir para o trabalho, com a vantagem de não estragar o fim de semana aos amigos, o que podemos desejar de melhor?
Não sei a que propósito me deu para começar a crónica desta maneira, mas acreditem que desde que comecei a ver o "rock in rio" made in Bela Vista, com 90.000 excitados e excitantes jovens a pagar 53 euros por cada dia de festival (e é fácil fazer as contas, ora 53 vezes 6 dias, ora... pois, é fácil fazer as contas, não chega afinal a um salário mínimo nacional, não é paizinho?), mas como ía dizendo, desde que comecei a ver o festival, na sic radical, eu fiquei agarrado, aquilo é mais forte que crack, aquilo é uma chuva de craques, chegados na hora e que bem podiam chegar atrasados e saído um pouco mais cedo, como no caso da Amy Winehouse (esta do "vinho da casa" está bem metida, oh Amy!), até porque os pais ficaram preocupados com o exemplo da "craque" e para o ano não sei se largam os 53 euros da ordem para cada dia)...
Continuo a não saber o motivo da crónica, embora no caso do "rock in rio" talvez os patos bravos sejam os paizinhos, a tal classe média que se anda a queixar que o litro da gasosa está pela hora da morte, mas não era esse o desiderato (que tal? até me lembrei do Desidério, o presidente da Câmara de Albufeira, a quem dei o meu apoio involuntário na campanha, uma vez que fui apanhado na caravana dele enquanto passava uns dias de férias e acabei a buzinar, para ver se saía dali mais depressa)...
É mesmo verdade que as conversas são como as cerejas, e se eu gosto delas... de tal maneira que só agora me lembrei do tema de hoje, a propósito do ministro das pescas, ou da agricultura, ou da caca, perdão, da caça (o teclado às vezes falha...), sim senhor o tal ministro de que agora nem lembro o nome (só me lembro dos craques da selecção, desculpem...), esse sim, que apanhado pelos pescadores numa fazenda algarvia onde andava a ver a caça (o que tu queres é lebre!), não foi de conversas e fugiu num jeep da GNR pelo meio das fazendas, tal e qual os moiros fugiram de D. Afonso III quando lhes gamámos o "Allgarve".
Afinal vocês entendiam que o homem devia ter falado aos pescadores, sei lá, declamando o "sermão aos peixes" enquanto estava de visita a uma herdade de caça grossa? Cada coisa no seu lugar, aí eu estou de acordo com o ministro, quando se está junto ao mar fala com os pescadores, mas se está numa herdade de caça ele só deve falar com os patos bravos... e fugir de jeep até encontrar o caminho de regresso a Lisboa.
Boas chumbadas no cachaço é que se precisam.

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