domingo, 29 de junho de 2008

AMANHECER

Bate o coração na prisão que é meu peito
à conquista do céu de todos nós,
na calma do silênco, muito sós,
sentimos a vontade inteira
de saltar sobre a carteira,
onde escrevo as palavras ao meu jeito.

É Pátria minha a língua portuguesa,
a força com que escrevo meu país...
sei agora mesmo que sorris
quando minha imagem te conduz
na estrada do teu corpo, nossa luz,
palavra por palavra, concerteza.

Brilha o azul da tua tinta
no branco papel do desatino,
onde riscas, traças o destino
que fazes cada dia, cada hora,
colas, cortas, rasgas, deitas fora
e guardas o amor que não te finta.

Provas de um belo amanhecer,
quentes, breves, perfumadas,
não mais serão adiadas...
correrás entre flores, letras, palavras,
paredes serão derrubadas
para, enfim, em mim te receber.

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