segunda-feira, 23 de junho de 2008

MARÉS

O prazer de ser tão pouco entre tantos,
fazer ou não fazer aqui o céu,
olhar a outra parte do meu "eu"
e sorrir no silêncio das montanhas,
sofrer por amor em dores tamanhas
e ficar em paz com teus encantos.

Vou bater meu pé em qualquer esquina,
remodelar meu passo no passeio,
dar a não sei quem meu travesseiro,
respirar o mesmo ar de toda a gente,
tomar com quem se quer um banho quente
e encharcar de amor quem nos castiga.

Queria ser eterno e ter mais tempo...
caminhar na terra movediça,
prazer do teu amor, minha preguiça,
correr ao infinito sem cansaço,
enroscar teu corpo num abraço
e viver feliz sem um lamento.

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