segunda-feira, 28 de maio de 2007

TUDO?



A incerteza de tudo é coisa morta...
a velocidades ultrasónicas, digitais,
transmitem-nos apelos triunfais
de que nada ficará como antes,
teremos a felicidade em breves instantes
e quem vier atrás que feche a porta.

Tudo é fácil nesta romaria,
onde sem saber porquê, quisemos embarcar,
dando a entender a vontade de estar,
talvez para não sofrer a humilhação
de permanecer no meio da multidão,
retirando a essa vida a suprema fantasia.

Cantaremos uma melodia banal,
até um dia bem preciso,
com essa loucura dando lugar ao juízo,
iremos justificar em cada rosto
as causas de tamanho desgosto,
que reconhecemos no final.

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