domingo, 27 de maio de 2007

GOSTO DELA, SIM SENHOR!

Gosto da Clara Ferreira Alves, sim senhor. Ela tem um corte de cabelo muito giro, aquele amarelo quase branco que tapa cada vez menos o preto natural que vai crescendo por baixo, dá-lhe um ar de teen-ager, que nos faz esquecer os quase 50 que tem no BI... tudo por fora é século XXI, é "fashion", é cabedal, é cremes leves, é "eau de toillete", é... eu gosto dela, dessa imagem de intelectual distante naquele programa de tv onde juntamente com mais 3 maduros debita as mais profundas certezas no "eixo do mal", sabendo de tudo, qual enciclopédia Verbo de 23 volumes, mais anexos...
É por isso que eu sou contra a paridade entre géneros... então esta mulher vale tanto como o deputado Morgado que há uns anos atrás levou a Natália Correia a escrever a poesia do "truca-truca"? não, esta Clara vale por 5, no mínimo, tantos sãos os temas que aborda sem complexos nos folhetins do "eixo", ela sempre pronta a sair dos eixos...
Pois, eu gosto dela sim, mas do que está lá dentro, ou muito me engano ou perdeu a validade. Então não é que o culpado deste conflito entre palestinianos (hamas e fatah, em minúsculas para não lhes dar grande importância) é o "poderoso", diz ela, vizinho israelita, que tem sido governado pelo "vegetal" Sharon, pelo "fraco" Olmert e pelo "velho" Shimon Perez (para o Netanyahu não encontrou adjectivos). É obra, um país "poderoso" a ser governado por indivíduos tão fracos, ao contrário de uma Palestina tão fraquinha governada por palestinianos tão fortes... é assim, não é oh Clara?
Ainda por cima, agora que os palestinianos iam começar a fazer um país independente e já se começavam a habituar a um governo deles... os poderosos USA e UE viraram-lhes as costas, malandros.
Eu pensava que já eram horas de os palestinianos começarem a governar-se a si próprios, como têm feito os israelitas desde 1948, mas com a ajuda da Clara Ferreira Alves e dos amigos jornalistas, ainda vão continuar a cair de mão beijada, como tem sido desde o final da 2ª guerra mundial, biliões de dólares de subsídios para os refugiados palestinianos, pagos pelos países ocidentais (agora até oferecemos um estádio de futebol para se entreterem no intervalo do "lançamento da pedra"), sem que ao menos alcatroem as estradas da Palestina (uma boa maneira de acabar com a "intifada" por falta de pedras nas ruas). Ao menos fossem para casa dormir a sesta, para não dar a sensação a quem os sustenta que são milhões na rua sem fazer nada, como mostra na tv...
Clara amiga, se diziam há séculos que os portugueses eram um povo que não se governa nem se deixa governar, o que acha destes nossos antepassados palestinianos? Sabe o que lhe digo? O azar de tudo isto é que em 1948, Salazar deveria ter oferecido o Alentejo a Israel, o que nos daria a honra de ter vizinhos com vontade de trabalhar e acabaríamos com um conflito... eterno.
Um povo que consegue plantar laranjais no deserto tem sempre o meu apreço, mas também lhe digo, não gosto de ver aqueles fundamentalistas com aquele penteado estrambólico, anémicos, vestidos de preto, a abanar a cabeça junto das paredes sagradas.
A propósito, a Clara ouviu falar numa conta de milhões de euros que o camarada Arafat deixou na Suiça para a viúva loira e os filhos ficarem com um democrático pé-de-meia? ainda não li nada disso sobre os "vegetais", "fracos" e "velhos" dirigentes israelitas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Plás, plás, plás...isto são as minhas palmas para ti meu caro amigo Lúci(d)o.
Do melhor e assino em baixo
Miguel