segunda-feira, 11 de junho de 2007

SÓ CINCO?

Cinco inspectores brutamontes da polícia judiciária foram constituídos arguidos porque malharam a mãe da Joana, aquela menina maltratada e até agora, só desaparecida, que aturava as más disposições da mãe e do padrasto. Consta até que a criança foi fazer um recado à loja e os progenitores estavam à espera do troco para irem até à festa numa localidade próxima. A menina atrasou-se e... desapareceu.
Parece que a mãe e o padrasto andaram com os polícias a indicar o local onde a menina deverá ter desaparecido, no meio do matagal, conforme se pôde ver naquelas interessantes reportagens televisivas, mas da menina... nada.
Com esta onda dos "reality shows", onde já se premeiam concorrentes com rins de qualidade, poderá ser esta notícia um bom tema para um novo concurso televisivo, sei lá... " como fazer desaparecer criancinhas sem ninguém dar por isso". Entregavam-se meia dúzia de crianças maltratadas a vários concorrentes e tinham 4 semanas para as fazer desaparecer. Todas as semanas a judiciária ia tentar descobrir as pistas recebidas pelo 707007007 e o concorrente com mais crianças descobertas seria expulso do concurso. Que tal a ideia? Se tudo não fosse tão triste...
Uns dias depois a senhora apresentou uns hematomas no rosto e no corpo, de tal maneira que, eu que não percebo nada de investigação criminal, mas já li em pequeno umas crónicas do saudoso inspector Varatojo, pude constatar a imbecilidade dos inspectores da judiciária. Antigamente, nos livros, o assassino enrolava sempre uma toalha das grandes em volta da pistola para não se ouvir de onde se disparava e quando se batia, era sempre com uma toalha molhada no corpo, para não se notarem as nódoas negras, até o suspeito confessar. Agora não, os matarruanos dos inspectores da judiciária desancam na desgraçada da mãe e deixam-na com os olhos à "belenenses", ainda por cima eram 5 à vez... e parece que havia mais 5 de reserva, se os primeiros ficassem cansados de malhar. O tal magistrado, depois de averiguar, a meio de uma chávena de chá e torradas, concluiu que foram 5 a bater e, vamos lá que é uma pressa... todos arguidos!
Lembrei-me de uma juíza que saiu de uma discoteca com os copos, não quis soprar no balão e mandou prender os polícias... e terá alguma coisa a ver?!!!!!!
Bem, eu não quero acreditar que isto é tudo um plano do governo para correr com os 600.000 funcionários do Estado que estão a mais (os outros 100.000 chegam bem, eu acho). É simples, a malta queixa-se que levou umas trancadas à saída da discoteca, às 6 da manhã, sem fazer nada, mais uns polícias arguídos... e rua com eles! O pessoal queixa-se que o violentaram na repartição de finanças, com tanto imposto e arguiu-se os incompetentes das finanças. Rua com eles! As mãezinhas dizem que foram ofendidas pelos professores e funcionários, quando levavam as crianças à escola e... argui-se a escola toda. Rua com eles! Mandam-se mais uns quantos infiltrados por esse país fora e conta-se com a conivência de uns juízes com pouco juízo e fica o problema do deficit resolvido.
E nós a pensarmos que isto não era o "da Joana"...

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