sexta-feira, 29 de junho de 2007

MEDOS

Tempo de fuga alterosa,
complexa, turbulenta, marginal,
arte de trocar o que está mal
por fantásticos sonhos, irreais,
que nos confundem muito mais
que uma história simples, amorosa.

Os medos que nos rodeiam,
que nos fazem transpirar
no tempo, modo e lugar
onde estamos e não queremos,
uns dias mais, outros menos,
cortam os sonhos, cerceiam...

Mas queremos correr, mesmo sós,
sentir que voar no mesmo sítio
é fácil se o livre arbítrio
fôr valor que temos sempre,
que nos permita, finalmente,
descobrir o mundo novo que há em nós.

Lutando contra mil e um queixumes
que vestem teu corpo, perfeito,
abrimos o céu no nosso peito
e conduzimos nossa alma ao infinito,
matando esse medo com um grito,
inventando sim, novos perfumes.

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