sábado, 14 de abril de 2007

PERDER É MUITO CHATO!


Perder é mesmo aborrecido, mas não é nenhuma perda, ou seja, o acto de perder pressupõe que houve um desafio que se jogou e... perdeu, mas só isso. Todos percebem que há mais desafios e batalhas pela frente que estão à nossa espera, para serem vencidas e perdidas, porque a vida não é só uma destas coisas. Alguém me dizia que nunca se vence sempre, nem se perde sempre (embora alguns nos queiram fazer pensar que não é assim).

Tudo isto a propósito de um encontro de judo a que tive o prazer de assistir, porque um amigo meu, o João, tinha lá o filho a participar e me telefonou se não tinha uns minutos para presenciar o encontro, muito embora eu pense que me convidou para ver o Raul, o filho dele, a fazer umas projecções e imobilizações aos amigos da sua idade.

Depois de uma derrota inicial, o Raul (e o João, que também lutava por fora, com a Canon digital de não sei quantos megapixels) venceram o segundo combate, que deixou os pais felizes da vida. Perde-se e ganha-se e molda-se a personalidade dos miúdos, no contacto e na relação que se estabelece. Lembrei agora o ministro Sarmento, com quem não simpatizava até ele dizer numa entrevista que, quando era novo tinha sido "boxeur". Fiquei com boa imagem do homem, e olhava para ele como quem já tinha levado uns murros na cabeça e tinha chegado a ministro... e para lá continuar sujeitou-se a encaixar mais uns quantos, estes agora figurados, claro.

Acho até que deveria ser feito um levantamento, no sentido de saber quantos jovens "utentes" dos serviços prisionais, entre os 18 e os 25 anos nunca praticaram desporto federado. Poderíamos chegar a conclusões muito interessantes.

A perda, sim, aquela que leva a que alguém se perca, essa é que tem de ser combatida e vencida por todos, em casa, na escola e na sociedade.

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