terça-feira, 10 de abril de 2007

E PORQUÊ ELES?




Já por várias vezes pensei que ninguém gosta de fazer filhos em mulher alheia, embora cada um seja como cada qual e uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa..., ou seja ninguém gostar talvez seja um exagero, mas não serve esta crónica para especificar. Estamos a falar de generalidades, claro, e tudo isto serve para teclar sobre um tema que não tem nada a ver...

Só queríamos falar do jogo das multidões. Não, não é de futebol que falamos, mas do "euromilhões" que serve de aconchego a milhões de sonhos cor de rosa e de uma realidade a alguns poucos felizardos. Eu que me dou bem com tanta gente, nunca vi um amigo feliz com a taluda do "euromilhões", o que me leva a pensar que tem saído bem longe da minha comunidade. E afinal que lucramos nós, comunidade, com os lucros desse interessante jogo que nos faz sonhar mais que uma ou outra paixão? Quase nada.

Sei que aqueles lucros fabulosos vão em gorda percentagem para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que os gasta na quase totalidade com ATLs, creches, jardins de infância, escolas, escolinhas, centros de recuperação, oficinas e concerteza alguns serviços de "enquadramento social" para os processos que vão aparecendo nos tribunais... na cidade de LISBOA!

Então e a minha pequena comunidade, que joga todas as semanas neste "euromilhões" da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa... não recebe nada? E o que se poderia fazer para contornar a situação? Talvez um "concelhomilhares", com prémios mais pequenos, é certo, mas que todas as semanas tornassem relativamente felizes os jogadores de cada concelho e onde os lucros fossem distribuídos pelas instituições sociais desse mesmo concelho. A certeza de que cada apostador estaria a contribuir para a comunidade de que faz parte, seria um incentivo ao desenvolvimento de cada uma das comunidades deste país, que gosta de jogar. Mas quem tem força para pôr fim a mais este monopólio do jogo social que é a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa? Este governo e os outros, que vão nomeando, com o dinheiro do jogo, os presidentes da Santa Casa, com mordomias iguais às dos administradores dos bancos, não vão concerteza acabar a mama.

Vai uma apostinha?

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