segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A (T)RAMPA!

Pois sim, como dizem os brasucas quando querem dizer não, eu vou continuar esta saga que me há-de levar ao paraíso. sim ao paraíso, porque se me mandassem para o inferno eu ía continuar a arranjar problemas, a queixar-me do fumo das fogueiras, do cheiro a coiratos assados, da falta de ar condiconado no invernal inferno... eu não me calaria, claro, por hábito adquirido aqui na terra, sem grandes resultados, é certo, mas lá em cima, no meio da maralha e já sem nada a perder ou a ganhar, eu ía a todas as manifs, revoluções e batalhas. Assim, eu creio no bilhete de ingresso no paraíso, porque aí estarei a salvo de qualquer caso que me faça perder a compostura.
E a propósito de caso e descaso, veio a lume o despedimento e reintegração de um funcionário da TAP, por ordem de um tribunal e a desordem do seguinte, a decisão de um juíz e a contrária de outro (não poderiam fazer o favor de estudar nos mesmos livros?).
Ora o homem trabalhava na zona onde passam umas malas com produtos naturais, tais como folhas de coca tratadas, marijuana reciclada, etc e subia e descia umas rampas com malas, provando-se em tribunal ter sido cumplice de contrabando do produto, apenas porque quando ele subia a rampa a droga descia e vice versa. Dois anos de pena suspensa, decretou o tribunal, o que contraria o despedimento feito pela TAP que, só seria válido se o homem fosse condenado a pena efectiva. E eu acho bem! Então o Caldeira sacou uns milhares aos amigos e conhecidos, fugiu para o Canadá, nem sei se foi condenado e já está de novo a comprar e vender acções e o tecnico de embalagens da TAP era despedido assim sem mais nem menos?
Diz agora a TAP e se calhar com razão, que o seu ex-futuro funcionário foi condenado, com pena suspensa é certo, e contradiz o tribunal que se foi suspensa não é condenação, o que se não é bem esgalhado é um bom tema para os "gatos fedorentos" ou para uns advogados também fedorentos, daqueles que estão sempre presentes quando a coisa cheira mal.
Estou mesmo a ver que agora já vai ser mais difícil mandar umas malas da Colômbia, porque com a admissão do funcionário, juntamente com o outro que entretanto o substituiu, vão ser dois técnicos, um para o tapete que rola para cima e o outro para o que rola para baixo... lembrei até o Jô Soares quando gritava "tá todo o mundo enrolando?".
Só faltava que o advogado do funcionário da TAP aparecesse amanhã no tribunal a defender os donos da mala que veio da Colômbia... sempre se juntava o inútil ao desagradável.
E se as malas não entrarem para que é que serve andarem a distribuir seringas nas prisões? o governo ainda não pensou numa tabela de preços para as drogas, ficando com os 21% do IVA? podia ser que o deficit...

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