quarta-feira, 10 de março de 2010

UMA PROPOSTA

Ao longo dos últimos anos e por cada governo que muda ou se mantém, temos sido confrontados com a sempre propagandeada proposta de reestruturação da "Segurança Social" e demais sistemas existentes, no sentido de encontrar uma solução estável e igual para todo e qualquer cidadão que trabalha e pretende receber uma reforma justa, tendo em conta o que descontou e o tempo total de desconto.
Como esta gente que nos vem, ou se vem, governando não suporta coisas fáceis, porque depois qualquer pessoa com a aritmética da antiga 4ª classe podia dar uma ajuda e isso seria insuportável, os pensadores inventam a cada ano que passa novas fórmulas, cada vez mais mirabolantes, com pontuações diversas, com vencimentos de anos anteriores ou posteriores, inflações e deflações, com calculos de sustentabilidade e descontos, de tal maneira que os possíveis candidatos à aposentação já nem sabem o que lhes pode tocar, no final de contas e do mês.
Num país meio desenvolvido, que não vem ao caso enunciar, a aposentação tem uma formula tão simples que até um analfabeto sabe com o que conta, ou seja: Idade + tempo de trabalho = 90. Esta formula tão simples indica que a reforma é calculada pela soma da idade e dos anos de desconto, sendo que o resultado tem de ser 90, mas esse resultado tem em conta a esperança de vida da população que neste momento é de cerca de 70 anos.
Uma vez que a esperança de vida em Portugal é de cerca de 76 anos para os homens e 82 para as mulheres, o que daria uma média de 79 anos, só teriam os responsáveis que colocar a soma da idade com o tempo de descontos num total de 100, sem mais contas, descontos ou promoções como o "pingo doce". Era fácil, barato e só não daria milhões porque todos sabemos que há pouco para distribuir e o que há está mal distribuído, mas era uma fórmula que preservava os direitos de quem trabalhou muito tempo, pouco ou nenhum, ou seja:
- uma pessoa que começou aos 14 anos, que os há, teria direito a reforma aos 57 anos, com 43 de descontos (57+43=100);
- uma outra que começasse aos 25 anos teria direito a reforma aos 62,5 anos, com 37,5 de descontos (62,5+37,5=100);
- outra pessoa ainda com 20 anos de descontos, teria direito a reforma aos 80 anos (80+20=100);
- uma outra que nunca fizesse descontos, teria direito a reforma aos 100 anos de idade (100+0=100).
Condição única - quem não somar 100, não tem direito a reforma.
Porque é que uma coisa tão simples e equitativa não é aprovada por quem governa? será que não lhes convém? era possível sair dos cargos do governo, assembleias, câmaras e milhentos outros organismos do Estado com meia dúzia de anos de desconto e uma reforma igual à de qualquer outro trabalhador com o mesmo tempo de trabalho e os mesmos descontos? era, era, mas não era a mesma coisa...

3 comentários:

Anônimo disse...

entao como prometido na aula vim aqui visitar o seu blog pessoal.
nunca pensei que o stor tivesse um blog, muito menos um blog com tantos artigos 300 e poucos acho eu.

foi uma ideia muito boa da sua parte criar este blog!! com o seu perfil e tudo. e memorias (futebol) antigas.

só tenho pena de nao conseguir ler tudo de uma vez, porque estava aqui muitas horas de leitura.

os meus parabens, excelente ideia!!

ass: Daniel

vitorpt disse...

Com que então o meu aluno Daniel Correia ficou admirado com o prof de Educação Física, uma vez que não esperava tantas crónicas? pois é Daniel, se me tivessem dito que passava as 300 eu também não acreditava, mas na vida tudo é possível. Agora até acho que não vai demorar muito para escrever a primeira milésima... pois então continua a ler e se possível vai escrevendo.

Anônimo disse...

claro que vou lendo e comentando com tempo.
eu apenas fiquei admirado. porque conheço muitas pessoas e nunca vi ninguém com um blog assim...
muito menos com 300 cronicas escritas por a própria pessoa, com a sua opinião própria..