segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

A ÚLTIMA DE 2007

Pois bem, era suposto que neste ano de 2007, que ainda vai aguentar-se por mais 5 horas, eu não teria tempo, assunto ou vontade de escrever o que quer que seja, mas afinal há um espaço para preencher entre o jantar e o espumante da meia-noite e nada melhor que deixar passar o filme de 2007, o meu claro...
Começou bem, sim senhor, com a Melanie C a cantar lá ao fundo, na praia de Albufeira, com chuva de espumante barato e umas goladas saborosas com os amigos, embora o frio não nos tivesse deixado em descanso. Uns dias antes tomei a decisão de aumentar a prestação da poupança-reforma, o que embora me possa vir a fazer sorrir daqui a uns anos, obrigou-me a mais uns apertos ao longo do ano. Confesso que até pensei que a decisão doesse mais, mas só o Carlos do quiosque reparou que eu tinha deixado de comprar livros e jornais quase diariamente. Consequência da medida do governo em me aumentar os anos de trabalho, o que me levou a pensar que, com menos anos de reforma, os livros que tenho na estante chegam e sobram para ocupar o tempo que espero usufruir para os ler. Com a crise, os bens culturais são sempre os que mais sofrem, mas nalguma coisa temos de cortar, não? É que no tabaco, na bebida, nos jantares fora de casa, nas saídas nocturnas, na roupa de marca, eu já cortei desde há muitos anos...
No entretanto trabalhou-se...
E veio o Carnaval... não gosto muito da época, talvez porque esta treta de andar mais ou menos mascarado durante o resto do ano retire um pouco a autenticidade da quadra e depois, enquanto me lembrar do carnaval no Brasil...
No entretanto voltámos ao trabalho...
A Páscoa voltou em todo o seu esplendor, com bom tempo, um banhinho na praia algarvia, com quem consegue aguentar-se connosco, uns passeios agradáveis e aquelas laranjas de Boliqueime compradas e comidas na beira da estrada.
E por causa das coisas, voltámos ao trabalho...
Mas não descurámos o flanco e no 10 de Junho, comemorámos o feriado nacional com mais um passeio até ao Oeste, não fomos ao Texas porque não havia tempo para isso, mas foi um almoço com vista para o mar e um peixinho grelhado para ficar na memória. Não fica nos meus trajectos habituais, mas a Praia da Areia Branca só precisava de uma urbanização europeia para atrair o turismo que lhe falta. Há estradas de terra batida junto à costa que... só de jeep.
E por causa das coisas o trabalho foi dando lugar a umas férias programadas com a máxima antecedência e muita organização, mas sempre com alguma ansiedade porque cá o "manager" colhe os louros quando corre bem, mas leva com as críticas todas se algo corre mal.
Conseguidas por um preço bem acessível, as férias de uma só semaninha, com quem gostamos, foram uma delícia na praia, claro, porque eu não troco a praia por nada e uma água morninha como poucas vezes tenho tido, fizeram com que a semana se passasse demasiado rápida.
Depois é que foi ruinzinho, a esplanada do Avenida levou com o verão mais frio dos últimos 20 anos, alguns dias de Agosto até chuva tivemos e fiquei desconfiado com os cientistas que diziam que a temperatura da Terra tem tendência para subir cada vez mais, que a água dos mares vai subir meio metro nos próximos anos, que...
E um novo ano escolar começou em Setembro...
O Natal apanhou-nos em casa com a família, como é normal, mas eu não alinho na tradição das prendas, essa festa do consumismo em que transformámos tudo isto. Sim, sim, gostei de receber um livro dos meus filhos que me tocou particularmente. Então não é que a minha filha juntou todas as crónicas que publiquei no meu blog durante o ano de 2007 e fez um livro excelente, de tiragem única? um espanto! depois ofereceram-me uma caneta linda, porque sabem que eu adoro canetas.
Pelo meio do ano apareceram os aniversários, casamentos e batizados, os jantares em casa dos amigos ou com os amigos em casa, as festas, as comemorações, os encontros... de tal maneira que sem darmos por isso, estamos novamente na noite de passagem de ano.
Prometemos que íamos perder alguns quilinhos, mas não nos deixaram, pelo que fica a promessa que vamos voltar aos 75 quilos em 2008. É que só tenho duas hipóteses: ou perco uns quilinhos ou tenho de comprar roupa nova!
Não será fácil, mas acredito que 2008 vai ser um ano fantástico para todos!
Comece com um sorriso!

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