terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A CHUVA É PRECISA...


Esta manhã, como habitualmente, cheguei à escola às 8.10 da manhã para mais um dia de trabalho e começaram a aparecer no gabinete os mesmo de há cerca de 15 anos, o Miguel, o Carlos, o Pedro, o João, normalmente bem dispostos e com uma vontade enorme de tomarem o cafézinho expresso para atacarem as aulas das 8.30. E eu a observar como tudo se passa no dia a dia de um grupo de professores da mesma disciplina, com todas as condições de trabalho de um país desenvolvido... sim, porque nos sentimos de algum modo privilegiados pelas excelentes condições de trabalho que utilizamos, começando pelo polidesportivo 1, passando para o polidesportivo 2, depois o ginásio com todos os materiais necessário, de seguida o pavilhão desportivo que é um luxo e onde já se efectuaram competições desportivas internacionais, seguindo-se o estádio com a pista de tartan que utilizamos sem restrições e por último temos as piscinas onde levamos os nossos jovens para o habitual bloco de natação.
Bem, esta introdução que o meu professor Manuel Sérgio tinha o hábito de registar como prolegómeno, só serviu para o tal enquadramento que qualquer crónica necessita, mas já agora convém dizer que para além do café expresso, todos temos o hábito de apetrechar o gabinete com os mais variados apêndices alimentares que nos proporcionam uns batidos gelados no tempo quente, um cházinho, umas torradinhas e uns bolos secos logo pela manhã, bem como uns sumos fresquinhos quando a sede aperta. Tudo no gabinete? claro que sim, com torradeira, micro-ondas, frigorífico, máquina de batidos e o mais que agora não lembro... ahh e esquecia o fundamental, os dois computadores ligados à net, fundamental até para saber porque é que o badminton se chama badminton, não é Miguel?
Mas o tema de hoje não era nada disto, eu tinha pensado numa crónica sugerida pelo Miguel, acerca dos diálogos interessantes de que todos fomos protagonistas num qualquer lugar e a qualquer hora, quando nos cruzamos com amigos e conhecidos na rua... já repararam que é sempre a mesma treta sem um mínimo de substrato? aquelas perguntas das quais já sabemos a resposta que entretanto nem chegamos a ouvir, porque nem sequer paramos? pois esse tema interessante, cheio de interesse, capaz até de suportar uma tese de mestrado... era o meu tema.
Talvez começasse assim...
- bom dia...
- bom dia...
- como é que vai isso?
- vai-se andando...
- tem de ser, não é?
- o que tem de ser tem muita força...
- o tempo tá bom... tá um sol bonito...
- mas a chuva também faz falta... se não chove...
- já estou atrasado...
- ...
E lá nos safámos de mais uma abordagem que podia demorar uma meia hora, se entretanto tivéssemos entrado no tema da saúde... ele já estava pronto para atacar aquela dor nas costas, mas eu percebi e avancei pela avenida sem sequer olhar para trás...

Um comentário:

virginia disse...

Estas brincando...? em 35 anos de trabalho prestado nunca encontrei condições similares. A chuva faz mesmo mta falta, olá se faz! Ajuda a despoluir...e a pensar... as vezes!