domingo, 9 de setembro de 2007

NO SILÊNCIO...

No silêncio a alma de quem quer
regressar ao tempo doce,
à paz pura e quente da mulher,
sorrir pelos sinais como se fosse
um campo aberto, onde me trouxe
a lembrança das cores do bem-me-quer.

O sonho de te ver em qualquer lado,
onde não estará nada nem ninguém,
seremos pó que se mistura, o resultado
de acasos que quisemos ter por bem,
memória que se sopra no além
da vida e do amor tão procurado.

Não é fácil derreter por entre os dedos
o gelo que cobre o eterno glaciar,
na distância que aviva tantos medos
e dúvidas da certeza de amar,
para além da terra, sol e mar
o sabor e o perfume dos enredos.

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