quarta-feira, 10 de junho de 2009

SALVEM OS RICOS!

Com esta confusão da bolsa, das acções, dos investimentos em acções que se vendiam antes de se comprarem, com os gestores de fundos sem fundo, com administradores de bancos completamente negros, com bancos proprietários de outros bancos que nem sequer existiam, começo a perceber porque é que um amigo ía ao banco todos os meses, levantava o capital, contava a massa e depositava de novo... dizia ele que afinal o "dele" estava lá sim senhor, que o tinha contado.
A coisa pode estar preta, acredito que sim, mas apenas porque desde há umas duas décadas apareceu uma nova classe de gestores e administradores de bancos que começaram nisto sem o necessário "pedigree", porque esta coisa de mexer e administrar notas não se faz assim do pé pr`á mão, isto tudo tem de ser analisado segundo um quase científico ponto de vista económico e genético. Esta classe sempre pensou que o dinheiro do "zé" é deles logo que passa a porta do banco, confundiu a "estrada da beira" com a "beira da estrada" e criou bancos que só diferem da "dona branca" porque não metiam as notas em sacos de plástico.
Sempre achei que não se deve dar comida "bufet" a quem aparece esfomeado e nesta história da banca portuguesa, só se devia dar comida à descrição a quem já nasce sem fome, tipo Pinto de Magalhães, Cupertino de Miranda, Champallimaud, Roquete... analisem o que foi a vontade de comer de gestores com apelidos Costa, Loureiro, Caldeira e verificarão que nunca se deve colocar a caixa de chocolates à frente de quem só está habituado a sopa de feijão.
Claro que num Estado sem "estado de sítio", logo haveria de se ir buscar uma razoável percentagem aos lucros obtidos, os quais se distribuiriam em conformidade, mas esta treta democrática deu até para alguns "chico-espertos" nascidos do laranjal dos anos 90 edificarem bancos, claro que sempre é um negócio mais limpo que a metalo-mecanica, construção civil ou futebol, mas sempre desconfiei desta malta que consegue enriquecer em pouco tempo, até porque as famílias que citei anteriormente têm gerações de riqueza e de negócios claros, cinzentos e negros...
Estes Costas, Loureiros, Caldeiras e outros que não recordo não são mais que os "Alves dos Reis" do século passado, com uma única diferença bem importante e fundamental... o verdadeiro Alves dos Reis foi preso, passou fome e morreu pobre e doente, enquanto estes espertos do século XXI gozarão as fortunas que entretanto já colocaram em paraísos fiscais e rir-se-ão de todos os que honestamente lutam para se manter à tona de água.
Ainda não consegui perceber como é que o Presidente da República ganhou 150 mil euros e a filha outros tantos, porque comprou acções em 2001 e vendeu-as em 2003... com um negócio desses não seria inteligente comprar mais em 2004 e vender em 2006? comprar em 2007 e vender em 2009? ou o Zandinga teve o cuidado de o informar que estava pra chegar a "má moeda"?
Há coisas que eu nunca vou entender...

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