terça-feira, 27 de julho de 2010

FÉRIAS?!!!

Sim, férias, este delicioso período de tempo que cerca de 10% da população mundial tem consagrado ao descanso, através de contratos de trabalho que no já longínquo século XX umas instituições ligadas ao mundo do trabalho conseguiram aprovar e fazer lei.
Nos últimos tempos levantaram-se algumas vozes a contrariar a tendência para o tal mesinho de descanso, desde economistas, a empresários e até alguns políticos, não descartando a hipótese de alguns trabalhadores também não gostarem de estar parados, para enaltecer a necessidade de se trabalhar mais, porque o nosso país está um caos e o crescimento é zero, nada, um buraco!
Não sei porquê, mas algo me diz que os economistas, especialmente os que nos últimos 35 anos passaram pelo governo, se abarbataram com uma explêndida reforma por um mínimo de três anos de trabalho no Banco de Portugal e se queixam que o dinheiro não chega para as pensões, dizia eu que algo me diz que não bate certo... uma vez que sempre ouvi os mais antigos dizerem que "o trabalho é bom, mas a sabedoria é melhor", ou seja, o crescimento é bom, mas o desenvolvimento é melhor. Qualquer pessoa mais ou menos atenta ao que a rodeia perguntará se uma casa, uma família, uma cidade ou um país devem crescer sem limites, ou se a partir de um determinado ponto de crescimento deve optar por se desenvolver, valorizando a qualidade em detrimento da quantidade, conservando o que tem, melhorando, arranjando, conservando, aplicando as novas tecnologias, no sentido de tornar a vida das pessoas mais agradável.
A sociedade actual caminha para se tornar a sociedade dos tempos livres e não aquela sociedade de "mão de obra intensiva" própria do século passado, com as pessoas empregadas e uma produção que não satisfazia as necessidades, ao contrário dos dias de hoje, em que há uma multidão de desempregados e uma abundância de produtos nunca vista. Não podemos chegar a todos os produtos que desejamos ter? pois, eu também queria ter um avião só pra mim...
Então e propostas para resolver a crise? bem, que tal os que trabalham trabalharem menos horas para que os que não trabalham possam desenvolver as suas capacidades? lembro que se passou da semana de seis dias para a semana de cinco dias de trabalho e alguns profetas da desgraça diziam que era impossível, isto há cerca de quarenta anos. Hoje, com o desenvolvimento tecnológico produz-se 50 vezes mais e continua a trabalhar-se cinco dias por semana? a semana de quatro dias pode ajudar à solução.
Os descontos para a segurança social eram feitos sobre a mão de obra porque era ela que produzia... e agora que a mão de obra é substituída pela máquina que produz, não seria lógico que os impostos incidissem também sobre a máquina, a fim de sustentar o desempregado que ela mesma provocou?
Em tempo de férias não haverá coisas mais interessantes que escrever crónicas destas?

Um comentário:

Anônimo disse...

Haverá coisas melhores para fazer do que escrever essas crónicas, como por exemplo estar aqui a responder-te porque não consigo dormir aqui no hotel que paguei em Espinho, porque existe uma banda de uns gajos que comeram alguma coisa indigesta e com os decibeis no máximo que não me deixam pregar olho. Parece que o presidente da câmara queria atrair a juventude...A mim jáq me conseguiu atrair ...para outras paragens bem longe daqui...
boas férias se possível sem decibeis
Miguel