sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

FINANÇAS...

"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade".
"Para cada pessoa que recebe sem trabalhar, tem de haver outra que trabalha sem receber".
" O governo não pode dar para alguém aquilo de não tira de outro alguém".
"É impossível multiplicar riqueza, dividindo-a".
Rogers Adrian, 1931
Sempre pensei que a pobreza não é apenas uma situação de falência financeira, mas um conjunto de falências, financeira sim, mas também social, escolar, psicológica e afectiva, que acaba por minar as pessoas retirando-lhe os meios de subsistência mínimos, mas também a auto-estima e a lucidez sempre necessárias. Ao longo dos anos tenho observado jovens oriundos de famílias pobres, com uma estrutura psicológica estável e um envolvimento que proporcionou a esses mesmos jovens alcançar os objectivos profissionais por que sempre lutaram, alcançando patamares económicos, sociais e profissionais de nível elevado.
Outros provenientes de famílias de classe média/alta revelaram pouco empenho na sua formação, pouco investimento a todos os níveis e hoje culpam a sociedade pelas dificuldades que entretanto foram encontrando quando o apoio dos familiares diminuiu ou acabou.
A sociedade do bem estar e da abundância, a sociedade-amiga, a sociedade dos direitos humanos, dos animais, das criancinhas, dos subsídios, talvez com muitos pesos na consciência, foi sempre mais paternalista e proteccionista dos coitadinhos dos pobrezinhos que daqueles que levantaram a cabeça e encararam de frente os seus problemas, no sentido de os resolver com o seu próprio esforço. Entretanto à semelhança de um tal primeiro ministro inglês percursor da "3ª via", também o estado dos "boys friends" se foi instalando no poder, tentando fazer das histórias do Robin dos Bosques, o seu programa de governo, numa terceira via contemporizadora da sociedade onde sempre haverá quem lute e se esforce e quem não faça nada.
Qual "exército da salvação" espalharam-se por todas as administrações executivas, não-executivas, empresas públicas, semi-públicas e publicamente apelativas, com pais, filhos e enteados, assembleias republicanas, maçónicas, universidades mais ou menos independentes, jornais, revistas e tribunais, confortando-se com subvenções milionárias e organizando os serviços do Estado para dar umas migalhas aos pobrezinhos, para que nada mude, os que trabalham não façam barulho com o que têm de pagar em impostos e os que nada fazem fiquem satisfeitos com um desses inúmeros subsídios.
E agora vem a Europa dizer que temos de apertar o cinto? ok, colocam-se os que trabalham a descontar um pouco mais na prestação da casa, nos descontos para a reforma, para a doença, para o IVA, para o combustível e para o IRS, porque temos de manter os subsídios aos que nada fazem, coitados... afinal eles não têm trabalho, mas não sei porquê neste país são sempre os mesmos que não têm trabalho, aliás um amigo meu dizia com alguma graça que haviam 500.000 desempregados, veio quase um milhão de imigrantes de leste, arranjaram trabalho e... os 500.000 desempregados mantém-se firmes e hirtos.

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