segunda-feira, 27 de junho de 2011

MARESIAS...

Confronto de cada hora
numa batalha a travar,
cai a face se demora,
vai o resto se faltar.

É a paixão que não se vê
e se sente, pois então,
quando queremos que dê
o bater do coração.

É a água em que me deito,
fria, quente, assim-assim,
que banha este meu peito
e limpa o erro de mim.

Perfeito, na sua essência
procurando a ilusão,
na forma como a ciência
prova o sim e diz o não.

O amor é tão conciso,
tudo serve p`ra dizer
que o mar só dá por isso
enquanto a água viver.

Parece chegar o tempo
em cima da pele macia,
quebrando-me o pensamento
de uma vida vazia.

Estala o chão em que vivo,
cava fundo o meu lamento,
queima demais se repito
o sonho em que m`invento.

Voo raso, que não serve
para me dar a visão
do mundo em que me ferve
o vapor de uma paixão.

Vem comigo, dá-me esperança
da vida, do amanhã...
faz de mim o tal amigo,

aquele que briga e que brinca
com sorriso de criança,
na praia de Itapuã.

A luz que solta as amarras
das palavras que não digo,
quando as queremos cortadas
muito brancas, pão de trigo.

Onde meus dentes se ferram
na vontade de comer,
por que todos desesperam
da fome do teu saber.

Quero o sabor da vida,
sinto o doce do teu ser!



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